Sou o nada e sou tudo o que ainda pretendo ser. Um caos adormecido. Sou grito que quebra o silêncio. Sou as fotografias que ainda não tirei. Sou tarde chuvosa com filmes em preto e branco. Sou arte em três tempos – manhã, tarde e noite. Sou café quente derramado nas horas de leitura..Sou meus próprios heterônimos criados em forma de eco. Sou um pulsar que dói e lateja. Sou esquisita por opção. Amável por imposição. Não amável por necessidade.Sou anônima a reverências.Sou mulher e por isso nem eu me entendo.Sou desejo. Sou saudade. Sou amor.Sou aprendiz. Sou mestre. Sou ideias. Sou arqueira por excelência, as palavras são minhas flechas. Tanto podem salvar, como matar. Sou o ácido dos sabores. Não fui uma moça tão comportada - em alguns momentos até revoltada. Sou coisas antigas. Sou solidão. Sou fogo que busca a água. Sou rotina insana e desajeitada. Não sou trivial. Meus olhos são palavras.Sou coração partido. Sou carente de mim mesma. Criei um mausoléu impenetrável. Sou silêncio aos ignorantes.Sou exílio e lucidez. Sou desabafo. Sou somente eu.
2 comentários:
Minha linda, sabe que sou sua fã!
Grande mestra, como já não mais se tem.
Grande ser humano, como... tampouco.
Te adoro!
Bjs...
Postei abaixo.Tudo lindo aqui,drika.Neruda ,adoro.Bela casa,bela lembrança.Amo este lugar assim como as poesias dele.beijao.
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