segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Teus lábios são labirintos.



Refrão De Bolero
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger

Eu que falei nem pensar
Agora me arrependo roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão

Mas eu falei nem pensar
Coração na mão
Como um refrão de um bolero
Eu fui sincero como não se pode ser

E um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar num bar

Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro

Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus instintos mais sacanas
O teu olhar sempre distante sempre me engana
Eu entro sempre na tua dança de cigana

Eu que falei nem pensar
Agora me arrependo roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como o refrão de um bolero
Eu fui sincero, eu fui sincero

Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus instintos mais sacanas
O teu olhar sempre me engana
É o fim do mundo todo dia da semana...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Dama das Camélias





"Primeira lição da psicanálise: se você quiser descobrir segredos, preste atenção nas coisas pequenas, aquelas coisas que ninguém nota. É nelas que se revelam os segredos".

(Rubem Alves)

Minha relíquia. Edição de "A Dama das Camélias" de 1922.
Sua história é de abandono. Após a morte do irmão da minha avó, todos usurparam os mais singelos objetos e resquícios de sua existência. Mas o livro permaneceu.
Me foi entregue pela minha avó que sabia de meu gosto pela leitura. Ninguém o quis.
Ninguém ousou saber do amor que continha nele. Das juras trocadas. Compartilhadas.
Da morte da amada. Da mais triste e bela história de amor que já li. Já li muitas.
Ele é meu. Um dia, talvez quando eu não estiver mais aqui, alguém o encontre como eu.
Que o guarde como eu. Que o leia como eu. Não para dizer que tem. Mas para conhecer o amor no livro - já que na vida ele é tão diferente.

Ninguém nunca estará sozinho se estiver acompanhado de um livro.
Um dia, morrerei contigo - Dama das Camélias - mas não por amor a nenhum homem - mas pelo rio da vida, que flui e sintetiza toda a existência - a Morte !!!