terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O tempo
















José Luís Peixoto

Devagar, o tempo transforma tudo em tempo. O ódio transforma-se em tempo. O amor transforma-se em tempo. A dor transforma-se em tempo. Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, transformam-se devagar em tempo. Mas, por si só, o tempo não é nada, a idade não é nada, a eternidade não existe.

Sobre o(a) autor(a):
Escritor e dramaturgo português.
Nasceu em 1974.
Tem seus romances publicados em 12 idiomas.


Tempo...passe por favor, passe...me carregue pra bem longe daqui!

2 comentários:

Marcelo disse...

Drika aprendí a gostar do tempo gastando o e aprendendo que ele é diluido em água e as cores das dores ficam mais suaves e até risiveis....

beijos e feliz ano novo 2010!

Anônimo disse...

Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.
Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera!
Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor?
O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.

Padre Antonio Vieira