terça-feira, 15 de janeiro de 2013

MOMENTOS

12/01/13

De repente você cansa.
Cansa das músicas que sempre ouviu, das pessoas que te cercam, das roupas do armário, das ruas em que anda.
Cansa do jeito que penteia o cabelo, do jeito que levanta da cama todos os dias e das palavras que escolhe para não dizer o que realmente gostaria de dizer. 
Cansa de tentar fazer os outros enxergarem o quanto dói.
Cansa de ofertar verão e receber inverno.
Cansa pelos dramas das situações vividas, da distância de quem deveria estar perto. Cuidando. Zelando.
E por mais que você corte o cabelo, compre roupas novas, faça uma viagem, leia sobre assuntos inimagináveis, faça uma tatuagem ou qualquer outra coisa, não adianta. 
Porque, no fundo, você não está cansado do mundo, mas da maneira como reage a ele.
Da maneira como reage a uma pedrada, a uma flor, a um menino de rua, a ausência de lua em suas noites cheias. 
Não é aceitar a vida como ela é que cansa, mas sim a dança que fazemos para nos esquivar de tudo aquilo que não entendemos ou sentimos medo.
O que cansa mesmo é a insegurança.
Incerteza.
Mas de onde vem essa certeza?
Quem a possui?
Então, ultimamente, tenho optado pelos momentos vividos. Não é justificativa de quem erra, é o propósito de quem quer carregar somente o que não pesa.
Pelo menos me faz sentir que estou viva e não apenas vivendo.
Existem momentos que deveriam existir repetidamente para sempre.
Já que isto não é possível, então, uma alternativa é gastar até a última gota de suor e lágrimas tentando construir momentos inesquecíveis. Quem sabe, ao fim da vida, tenhamos o livro de nossos passos repleto de pequenas histórias mágicas.

UM MOMENTO INESQUECÍVEL É QUANDO AMAMOS A NÓS MESMOS.

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